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sexta-feira, 14 de maio de 2010

“O time escolhido pelo Mestre dos mestres”







“O time escolhido pelo Mestre dos mestres”Mateus tinha péssima reputação. Era um publica no, coletor de impostos. Na época, os coletores eram famosos pela corrupção. Os judeus os odiavam porque eles estavam servindo do Império Romano, que os explorava. Mateus era uma pessoa sociável, gostava de festas e provavelmente usava dinheiro público para promovê-las.Tomé tinha a paranóia da insegurança. Só conseguia acreditar naquilo que tocava. Era rápido para pensar e rápido para desacreditar. Andava seguindo a lógica, faltava-lhe sensibilidade e imaginação. O mundo tinha que girar em torno de suas verdades, impressões e crenças. Desconfiava de tudo e de todos.Pedro era o mais forte, determinado e sincero do grupo. Porém, era inculto, iletrado, intolerante, irritado, agressivo, inquieto, impaciente, indisciplinado, não suportava ser contrariado. Não era empreendedor, e, como muito jovem não planejava o futuro, vivia somente em função dos prazeres do presente.Suas desqualificações não paravam por ai. Era hiperativo e intensamente ansioso. Impunha, e não expunha suas idéias. Trabalhava mal suas frustrações. Repetia os mesmos erros com freqüência. Se vivesse nos tempos de hoje, seria um aluno que todo professor quereria ver em qualquer lugar do mundo, menos em sua sala de aula. Mas ele foi um dos escolhidos. Você teria coragem de escolhê-lo?No momento em que seu Mestre foi preso, o clima era tenso e destituído de racionalidade. Havia uma escolta de cerca de trezentos soldados no local. Impulsivo, Pedro cortou a orelha de um soldado. A sua reação quase provoca uma chacina. Todos os discípulos correram risco de morrer por sua atitude impensada.
João era o mais jovem, amável, prestativo e altruísta. Porém, também era ambicioso, irritado, intolerante, intempestivo. Não sabia colocar-se no lugar dos outros nem pensar antes de reagir. Não sabia proteger sua emoção nem filtrar os estímulos estressantes.Almejava a melhor posição entre os discípulos. Pensava que o Reino de Jesus era político, e por isso, após uma reunião familiar, sua mãe suplicou ao Mestre, no auge da fama, que quando instalasse seu governo um de seus filhos se assentasse à sua direita e o outro à esquerda. Os cargos inferiores pertenceriam aos outros. A personalidade de João tinha paradoxos. Era simples e explosiva, amável e flutuante. Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que quer dizer “filho do trovão”. Quando confrontados, reagiam agressivamente. Apesar de ter ouvido incansavelmente o discurso de Jesus Cristo sobre dar a outra face, amar os inimigos, perdoar tantas vezes quantas fossem necessárias, João teve a coragem de pedir ao próprio Jesus que assassinasse com fogo os que não seguiam com Ele.Judas Iscariotes era moderado, dosado, discreto, equilibrado e sensato. Não há elementos que indiquem que se tratava de uma pessoa tensa, ansiosa e inquieta. Nunca tomou uma atitude agressiva ou impensada. Jamais foi repreendido por seu Mestre.Sabia lidar com contabilidade, e por isso cuidava do dinheiro do grupo. Era um zelote, pertencia a um grupo social de refinada cultura.
Provavelmente era o mais eloqüente e o mais polido dos discípulos. Mostrava preocupado com as causas sociais. Agia silenciosamente.“Os discípulos diante de uma equipe de psicólogos”Se uma equipe de psicólogos especialista em avaliação da personalidade e desempenho intelectual analisasse a personalidade d o time escolhido pelo Mestre dos mestres, provavelmente todos seriam desaprovados, exceto Judas.Judas era o mais bem preparado dos discípulos. Tinha as melhores características de personalidade, exceto uma: não era uma pessoa transparente. Ninguém sabia o que se passava dentro dele. Essa característica corroeu sua personalidade como traça. Levou-o a ser infiel a si mesmo, a perder a capacidade de aprender.Tinha tudo para brilhar, mas aprisionou-se no calabouço dos seus conflitos. Antes de trair Jesus, traiu a si mesmo. Traiu a sua consciência, seu amor pela vida, seu encanto pela existência. Isolou-se, tornou-se autopunitivo. O maior vendedor de sonhos de todos os tempos, contrariando a lógica, escolheu uma equipe de jovens completamente despreparados para a vida e para executar um grande projeto. Os discípulos correram risco ao segui-lo, mas Ele correu riscos incomparavelmente maiores ao escolhê-los.Ele tinha pouco mais de três anos para ensinar-lhes. Era um tempo curtíssimo para transformá-los no maior grupo de pensadores e empreendedores desta terra. Almejava lapidar a sabedoria na personalidade rude e complicada deles e torná-los capazes de incendiarem o mundo com suas idéias, e desse modo mudar para sempre a historia da humanidade.
A escolha de Jesus não foi baseada no que aqueles jovens possuíam, mas no que ele era. A autoconfiança e ousadia de Jesus não têm precedentes. Ele preferiu começar do zero, trabalhar com jovens completamente desqualificados a trabalhar com fariseus saturados de vícios e preconceitos. Preferiu a pedra bruta à mal lapidada.“Os sonhos que contagiavam o inconsciente”A vida sem sonhos é como um céu sem estrelas. Alguns sonham em ter filhos, em rolar no tapete com eles, em se tornarem seus grandes amigos. Outros sonham em ser cientista, em explorar o desconhecido e descobrir os mistérios do mundo. Outros sonham em ser socialmente úteis, em aliviar a dor das pessoas.Alguns sonham com uma excelente profissão, em ter grande futuro, em possuir uma casa na praia. Outros sonham em viajar pelo mundo, conhecer novos povos, novas culturas, e se aventurar pro ares nunca antes desvendados. Sem sonhos, à vida é como uma manhã sem orvalho, seca e árida.O Mestre dos mestres andava aos brados pelas cidades, vielas e na beira das praias, discursando pelos mais belos sonhos. Seus discursos eram contagiantes. Seus ouvintes ficavam eletrizados. Seus sonhos mexiam com os desejos fundamentais do ser humano de todas as eras. Eles tocavam o inconsciente coletivo e trazia dignidade à existência, tão breve, tão bela, mas tão sinuosa. Quais foram os principais sonhos que abriram as janelas da inteligência dos discípulos e irrigaram suas vidas com uma meta superior?
“Vendia o sonho de um Reino Justo”As pessoas que ouviam ficavam perplexas. Elas deviam se perguntar: “Quem é esse homem? Que Reino justo é esse que Ele proclama? Conhecemos os reinos terrenos que nos exploram e nos discriminam, mas nunca ouvimos falar de um Reino dos Céus”.Ele proclamava com ousadia: “Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus”. A palavra “arrepender” usada por Jesus explorava uma importante função da inteligência. Ela não significava culpa, autopunição ou lamentação. No grego ela significa uma mudança de rota, revisão de vida. Queria que as pessoas repensassem seus caminhos, revisassem seus conceitos, retirassem o gesso de suas mentes. Os que são incapazes de se repensar serão sempre vitimas e não autores de uma historiam. O Mestre dos mestres discursava sobre um Reino que estava além dos limites tempo-espaço. Um Reino onde habita a Justiça, onde não havia classes sociais, não existi discriminação. Uma esfera onde a paz envolveria o território da emoção e as angustias e aflições humanas não seriam sequer recordadas. Não era este um grandioso sonho?Os tempos de Jesus eram uma época de terror. Tibério Cesar, o imperador romano, dominava o mundo com mão de ferro. Para financiar a pesada maquina administrativa de Roma, pesados impostos eram cobrados. A fome fazia parte do cotidiano. Não se podia questionar. Todo motim era debelado com massacres. O momento político recomendava discriminação e silencio. Mas nada calava a voz do mais vendedor de sonhos.
“Vendia o sonho da liberdade”Sem liberdade o ser humano se deprime, se asfixia, perde o sentido existencial. Sem liberdade, ou ele se destrói ou destroem os outros. Por isso o sistema carcerário não funciona. A prisão exterior mutila o ser humano, não transforma a personalidade de um criminoso, não expande sua inteligência, não reedita as áreas do seu inconsciente que financiam o crime. Apenas imprime dor emocional. Eles precisam ser reeducados, conscientizados, tratados. Jesus falava sobre a falta de liberdade interior, que é mais grave e sutil que a exterior. Vivemos em sociedades democráticas, falamos tanto de liberdade, mas freqüentemente ela está longe do território da psique. Existem diversas formas de restrição à liberdade. As preocupações existências, os pensamentos antecipatórios, a ditadura da estética do corpo e a exploração emocional das propagandas são algumas delas. Gostaria de destacar a fabrica de ícones construído pela mídia. Os jovens não têm seus pais, professores e os demais profissionais que lutam para vencer profissionalmente como seus modelos de vida.Seus modelos são mágicos: atores, esportistas, cantores que fazem sucesso do dia para a noite. Esse modelo mágico não tem alicerces, não dá subsídios para suportar dificuldades e enfrentar desafios. Cria uma grande maioria gravitando em torno de uma minoria. Para a psicologia, a supervalorização é tão aviltante quanto a discriminação.
Jesus discorria sobre uma liberdade poética. A liberdade de escolha, de construir caminhos, de seguir a própria consciência. Discursava sobre o gerenciamento dos pensamentos, a administração da emoção, o exercício da humanidade, a capacidade de perdoar, a sabedoria de expor e não impor as idéias, a experiência plena do amor pelo ser humano e por Deus.O Mestre da Vida vivia o que discursava. Não impedia as pessoas de abandoná-lo, de traí-lo e nem mesmo de negá-lo. Nunca houve alguém tão desprendido e que exercitasse de tal forma a liberdade.“Vendia o sonho da Eternidade”Onde está Napoleão Bonaparte, Hitler, Stalin? Todos pareciam tão fortes, cada um a seu modo, uns na força física, outros na loucura. Mas por fim todos sucumbiram ao caos da morte. Os anos passaram e eles se despediram do breve parêntese do tempo.Viver é um evento inexplicável. Mesmo quando sofremos nos angustiamos e perdemos a esperança, somos complexos e indecifráveis. Não apenas a alegria e a sabedoria, mas também a dor e a insensatez revelam a complexidade da psique humana. Diariamente imprimimos no córtex cerebral, através da ação psicodinâmica do fenômeno RAM, milhares de experiências psíquicas. São milhões de experiências anuais que tecem a colcha de retalhos da nossa personalidade.Quem pode esquadrinhar os fenômenos que nos transformam em “homo intelligens”? Quem pode decifrar os segredos que financiam as crises de ansiedade e as primaveras dos prazeres? Quando viajo com minhas filhas à noite e vejo ao longe as casas nas fazendas com uma luz acesa, eu pergunto a elas: “Quem serão as pessoas que moram naquela casa? Quais são seus sonhos e a sua alegria mais importantes? Quais foram as lágrimas que elas nunca choraram?
Desejo humanizar minhas filhas, levá-las a compreender que cada se humano possui uma história fascinante, independentemente dos seus erros, acertos, vitórias e derrotas. Almejo que elas respeitem a vida e percebam a complexidade da personalidade. Todavia, um dia essa personalidade experimenta o côas. A magnífica vida que possuímos vai para a solidão de um túmulo. Despreparada, enfrenta o seu maior evento, o seu capítulo final. Todo o dinheiro, fama, status, labutas não acrescentam um minuto à existência. O fim da vida sempre perturbou o ser humano, dos primários aos intelectuais. Todos os heróis se tornam frágeis crianças no término da vida.A medicina luta desesperadamente para prolongar a vida e dar qualidade a ela. As religiões têm a mesma aspiração. Elas discorrem sobre o alívio da dor e a superação da morte. Sem dúvida a continuidade consciente e livre da existência é a maior de todos os sonhos. Do ponto de vista científico, nada é tão drástico para a memória e para o mundo das idéias quanto o esfacelamento cerebral. A memória se desorganiza, bilhões de informações se perdem, os pensamentos se descolam da realidade, a consciência mergulha no vácuo da inconsciência. O tudo e o nada se tornam a mesma coisa.Jesus vendia, com todas as letras, o sonho da eternidade. Ele tinha plena consciência das conseqüências filosóficas, psicológicas e biológicas da morte.
Mas, com segurança inigualável, discorria sobre sua superação. Para perplexidade da medicina, Ele dizia ousadamente que pisava na terra para trazer esperança ao mortal. A morte não destruiria a colcha de retalhos da memória. O ser humano sobreviveria e resgataria sua identidade. Retomaria a sua consciência. Pais abraçariam seus filhos depois que fechassem os olhos. Amigos se reencontrariam depois de longa despedida. Nunca alguém foi tão longe em seus sonhos. Os seus discursos arrebatavam multidões.VENDIA O SONHO DA FELICIDADE INESGOTÁVEL.É impossível exigir estabilidade plena da energia psíquica, pois ela se organiza, se desorganiza (caos) e se reorganiza continuamente. Não existe pessoa calma, alegre, serena sempre. Nem mesmo existem pessoas ansiosas, irritadas e incoerentes permanentemente. Ninguém é emocionalmente estático, a não ser que esteja morto.Devemos reagir e nos comportar sob determinado padrão para não sermos instáveis, mas este padrão sempre refletirá uma emoção flutuante. A pessoa mais tranqüila perderá sua paciência. A pessoa mais ansiosa terá momentos de calma. Só os computadores são rigorosamente estáveis. Por isso que eles são lógicos, programáveis e, portanto, de baixa complexidade. Nós, ao contrário, somos tão complexos que nossa disposição, humor, interesse mudam com freqüência. Devemos estar preparados para enfrentar os problemas internos e externos. Devemos ter consciência de que os problemas nunca vão desaparecer nesta sinuosa e bela existência. Podemos evitar alguns, outros, porém, são imprevisíveis. Mas os problemas existem para serem resolvidos e não para nós controlar. Infelizmente, muitos são controlados por eles. A melhor maneira de ter dignidade diante das dificuldades e sofrimentos existenciais é extrair lições deles. Caso contraria, o sofrimento é inútil.
Ser feliz, do ponto de vista da psicologia, não é ter uma vida perfeita, mas saber extrair sabedoria dos erros, alegria da dor, força das decepções, coragem dos fracassos. Ser feliz, nesse sentido, é o requisito básico para a saúde física e intelectual. O maior vendedor de sonhos certa vez chorou seus ouvintes. Ele estava numa grande festa. O clima, entretanto, era de terror. Ele corria risco iminente de ser preso e morto. Seus discípulos esperavam que dessa vez Ele fosse discreto, passasse despercebido. Mais uma vez os deixou perplexos. Subitamente, Ele se levantou e com voz altissonante disse: “Quem tem sede venha a Mim e beba...” Ele discorreu sobre a angústia existencial que cada fundo em todo ser humano, dos ricos aos miseráveis, e vendeu o sonho do prazer pleno, do mais alto sentido da vida. Ele bradou a todos os ouvidos que quem tivesse sede emocional bebesse da Sua Felicidade, quem fosse ansioso bebesse da sua Paz. Jamais alguém fez esse convite em toda a história. Nunca alguém foi tão feliz na terra de infelizes. A morte o rondava, mas Ele homenageava a vida. O medo o cercava, mas Ele bebia da fonte da tranqüilidade. Que homem é esse que discursa sobre o prazer na terra do horror? Que homem é esse que revelava uma paixão pela vida quando o mundo desabava sobre Ele? Sem dúvida, Ele é o maior vendedor de sonhos de todos os tempos!
TRABALHANDO NA PERSONALIDADE ATÉ O ÚLTIMO MINUTO.O Mestre dos mestres tinha de revolucionar a personalidade do seu pequeno grupo para que os discípulos revolucionassem o mundo. Seria a maior revolução de todos os tempos. Mas essa revolução não poderia ser feita com uso de armas, força, chantagem, pressões, pois essas ferramentas, sempre usadas na história, não conquistam o inconsciente. Elas geram servos, e não pessoas livres.Parecia loucura o projeto de Jesus. Era quase impossível atuar nos bastidores da mente dos discípulos e transformaram as matrizes conscientes e inconscientes da memória para tecer novas características de personalidade neles.Não sabemos onde estão as janelas doentias da nossa personalidade. Para termos uma idéia, a área equivalente à cabeça de um alfinete contém milhares de janelas com milhões de informações no córtex celebro. Como encontrá-los? Como transformá-los? O processo e tão complicado que um tratamento psíquico demora semanas, meses, e em alguns casos anos, para se ter um sucesso.Deletar a memória é uma tarefa fácil nos computadores. No homem ela é impossível. Todas as misérias, conflitos e traumas emocionais que estão arquivados não podem ser destruídos, a não ser que haja um trauma cerebral. A única possibilidade, como vimos, é sobrepor novas experiências no lócus das antigas – o que chamamos de reedição – ou então construir janelas paralelas que se abrem simultaneamente às doentias.Se você tiver uma janela paralela que contém segurança, ousadia, determinação e que se abre simultaneamente às janelas do medo, do pânico, da ansiedade, você terá subsídios para superar sua crise. Se não possui essas janelas, terá grande chance de se tornar uma vitima.
Mas como reeditar a memória dos discípulos ou construir janelas paralelas em tão pouco tempo? Sinceramente, era uma tarefa quase impossível. Se fosse viável transportar os mais ilustres psiquiatras e psicólogos clínicos através de uma maquina do tempo para tratar dos discípulos de Jesus com sete sessões por semana, mesmo assim os resultados seriam pobres. Por quê? Porque eles não tinham consciência dos seus problemas. O Grande desafio para o sucesso do tratamento psicológico não é a dimensão de uma doença, mas a consciência que o paciente tem da doença e a capacidade de intervenção na sua dinâmica.Há poucos dias atendi um paciente que sofre de síndrome do pânico há dez anos. Tomou muitos tipos de antidepressivos e tranqüilizantes, mas os ataques permaneceram. Depois de conhecer a sua historia, expliquei-lhe o mecanismo dos ataques de pânico. Comentei da abertura das janelas da memória em frações de segundos, o volume de tensão decorrente dessa abertura e o encarceramento do “eu”.Disse-lhe que o “eu” deveria sair da platéia, entrar no palco da mente no momento do ataque de pânico (foco de tensão), desafiar sua crise, gerenciar os pensamentos, criticar a postura submissa da emoção e se tornar o diretor do roteiro da sua vida.Esse processo e um treinamento. Quem o realiza seu inconsciente e constrói janelas paralelas. Tem grande possibilidade de ficar livre dos medicamentos e do seu psiquiatra ou psicólogo. Sempre em treino psicólogos, enfatizo que eles devem nutrir o “eu” dos pacientes para que eles deixem de serem espectadores passivos das próprias misérias. Os pacientes têm o direito de conhecer o funcionamento básico da mente, os papeis da memória, a construções das cadeias de pensamentos, para serem lideres de si mesmos.Por que é tão difícil mudar a personalidade? Porque ela é tecida por milhares de arquivos complexos e contem bilhões de informações e experiências. Não possuímos ferramentas para mudar magicamente esses arquivos que se inter-relacionam multifocal mente. Quem muda as janelas do medo, da impulsividade, da timidez, do humor triste, rapidamente? Na medicina biológica alguns tratamentos são rápidos; na medicina psicológica é necessário reescrever os capítulos da historia arquivados na memória.Os discípulos tinham milhares ou talvez milhões de janelas doentias. Eles frustraram seu Mestre continuamente durante mais ou menos três anos. Jesus pacientemente os treinava.Os Mestres dos mestres demonstrava que detinha o mais elevado conhecimento de psicologia. Conhecia o processo de transformação da personalidade. Nunca fez um milagre na personalidade humana, pois sabia que ela é um campo de reedição difícil de ser operacionalizado.Ele criou conscientemente ambientes pedagógicos nas praias, nos montes, nas sinagogas, para produzir ricas experiências que pudessem se sobrepor as zonas doentias dos discípulos. Creio que Ele realizou o maior treinamento para transformação da personalidade de todos os tempos. Ao analisar a personalidade de Jesus Cristo sob o olhar da ciência, fiquei assombrado. Tive a convicção de que a ciência foi tímida e omissa por nunca ter investigado a sua inteligência. Por isso Ele foi banido das universidades, excluído da formação dos psicólogos, educadores, sociólogos, psiquiatras.


Foi um prejuízo enorme. As sociedades ocidentais tornaram-se cristas somente no nome.
Jesus Cristo programou, como um micro cirurgião que disseca pequenos vasos e nervos, situações e ambientes para treinar e transformar os discípulos. Cada parábola, cada gesto diante dos marginalizados que o procuravam e cada atitude perante uma situação de perseguição era laborada onde se realizava esse treinamento.Ele provou que qualquer época da vida pode mudar os pilares centrais que estruturam a nossa personalidade. Seu objetivo era expor espontaneamente as mazelas do inconsciente. As fragilidades apareciam, as ambições afloravam, a arrogância vinha a tona, a insensatez surgia. Seus laboratórios aceleravam o processo de tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico. Depois de anos de analise detalhada é que fui entender o processo usado pelo Mestre dos mestres.Todos os seus comportamentos tinham um alvo imperceptível aos olhos. Quando era gentil com uma prostituta, Ele tratava o preconceito dos discípulos. Quando era ousado em situações de risco, Ele tratava a insegurança deles. RECONSTRUINDO O SER HUMANOVamos analisar uma das mais belas passagens de sua vida. Horas antes de ser preso, Ele teve na ultima ceia um conjunto de atitudes capazes de deixar perplexa a psiquiatria e a psicologia. A ultima ceia é mundialmente famosa, mas pouquíssimo conhecida sob o ângulo cientifico.
Como estava para morrer, Ele teria que ensinar rapidamente as mais belas lições de inteligência, como a arte da solidariedade, a capacidade de se colocar no lugar do outro, o respeito pela vida. Teoricamente, precisa de anos para realizar essa tarefa pedagógica. Então, sem dizer qualquer palavra, o Mestre pegou uma bacia de água e uma toalha e começou a lavar os pés daqueles discípulos que lhe deram tanta dor de cabeça. É simplesmente inacreditável sua atitude. Jesus estava no auge da fama. Multidões queriam vê-lo. Os discípulos colocaram num patamar infinitamente mais alto do que do imperador Tibério César que governava Roma. De repente, Ele abdica da mais alta posição, se prostra diante dos jovem Galileu e começa a extirpar a sujeira dos seus pés. Eles ficaram paralisados, chocados, estarrecidos. Eles se entreolhavam com um nó na garganta. Não sabiam o que dizer.Enquanto as gotas de água escorriam por seus pés, um rio emocional percorria os bastidores da mente deles irrigavam os becos da inteligência. O Mestre dos mestres conquistava o inconquistável: penetrava nos solos inconscientes, reescrevendo as janelas da intolerância, da disputa predatória, da inveja, do ciúme, da vaidade.Foram dez ou vinte minutos que causaram mais efeitos do que décadas de bancos escolares ou anos de psicoterapia. A última ceia foi o maior laboratório de tratamento psíquico e enriquecimento da arte de pensar de que se tem noticias. Essa terra produziu mestres brilhantes, mas nunca ninguém foi tão longe como Jesus Cristo. Ele foi o Mestre dos mestre. Ele fez isso quando estava para ser torturado e morto. Quem é capaz de raciocinar no caos?
Após tomar esta atitude, Ele disse que no eu Reino as relações seriam completamente diferente das que existem na sociedade. O maior não é aquele que domina, tem maior poder político ou financeiro, mas aquele que serve.Para Ele, somente aquele que abdica da autoridade é digno dela. Qualquer líder espiritual, político, social que deseja que as pessoas gravitem em torno de si não é digno de ser um líder. Os que usam o poder e o dinheiro para controlar os outros estão despreparados para possuí-los. Somente os que servem são dignos de estar no comando.O Mestre da Vida foi Fiel às suas Palavras, viveu o que discursou. Deu mais importância aos outros do que a si, mesmo diante da morte. Foi digno da mais alta autoridade, porque abdicou dela. O maior vendedor de sonhos foi maior educador e o maior psicoterapeuta de todos os tempos.Nunca ninguém tão grande se fez tão pequeno para tornar grandes os pequenos. Se as religiões e a ciência descobrissem a grandeza da sua inteligência, as sociedades nunca mais seriam as mesmas (Cury, 2001).APOSTANDO TUDO O QUE NOS TINHA QUE O FRUSTRAVAMApós sair da ultima ceia, os discípulos decepcionaram seu Mestre ao máximo. Ele estava para ser preso e aguardava a escolta. Pela primeira vez pediu algo a eles. Solicitou que estivessem com Ele naquele momento angustiante. Mas os discípulos, estressados por vê-lo suando sangue e sofrendo, dormiram.
Judas chegou com a escolta. Traiu o Mestre com um beijo. Em vez de ser dominado pela frustração e ódio, Jesus gerenciou seus pensamentos, relaxou sua emoção e olhou com gentileza para seu traidor. O espantoso é que a analise psicológica revela que Jesus não tinha medo de ser traído por Judas; tinha medo de perder Judas, de perder um amigo.Ele disse: “Com um beijo me trais”.Queria dizer: “Você tem certeza de que é isso o que desejas? Pense antes de reagir”. Judas ficou perturbado, saiu de cena, não esperava essa resposta. O Mestre dos mestres não desistiu dele, queria reconquistá-lo, levá-lo a usar seu dramático erro para crescer. Queria que Judas não fosse controlado pela culpa e pela autopunição e nem desistisse de sua vida. Infelizmente Judas não ouviu a voz suave, sábia e afetiva de seu Mestre. Jamais uma pessoa traída amou tanto um traidor!Horas depois de preso, Pedro golpeou-o três vezes negando veemente que o conhecia. Pedro amava o Mestre profundamente, mas estava no cárcere da emoção. Não raciocinava. Jesus não exigiu nada dele. Ainda estava treinando. No momento em que ele o nega pela última vez, o Mestre vira-se para ele e diz: “Eu o compreendo”!Você já disse para alguém que errei muito com você “eu o compreendo”?Somos muitas vezes carrascos das pessoas que erram, até dos filhos e alunos, mas o maior vendedor de sonhos jamais desistiu dos jovens que escolheu. Os jovens também são implacáveis e agressivos com os erros dos seus pais. Falta compreensão na espécie humana e sobra punição. Pedro saiu de cena e pôr-se a chorar. Nesse momento ele deu um salto na sua vida. O seu erro foi transformado num pilar de crescimento, e não em objeto de punição, como nas provas escolares das sociedades modernas. Neste livro ainda irei discorrer sobre a crise da educação e a destruição de sonhos.
Apesar de inúmeros defeitos dos discípulos, duas qualidades os coroavam. Eles tinham disposição para explorar o novo e sede de aprender. Bastava isso para o Mestre, pois Ele acreditava que a pedra bruta seria lapidada ao longo da vida. Sabia que seu projeto levaria tempo para ser implantado, mesmo depois que fechasse os olhos.Não se importava com os acidentes de percurso. Confiava nas sementes que plantara. Acreditava que elas germinariam na terra da timidez, nos solos da insegurança, nas planícies rochosas da intolerância. Por fim, seus discípulos se tornaram uma equipe excelente de pensadores. Analise as cartas de Pedro que estão no Novo Testamento. Elas são um tratado de psicologia social. Errou muito, mas cresceu demais.Jesus Cristo investiu sua inteligência em pessoas complicadíssimas para mostrar que todo ser humano tem esperança. As pessoas mais difíceis com você convivem têm esperança. A história de Jesus é um exemplo magnífico. Demonstra que as pessoas que mais nos dão dor de cabeça hoje poderão vir a serem as que mais nos darão alegrias no futuro. O que fazer?Invista nelas! Não seja um manual de regras e críticas! Surpreenda! Cative-as!Ensine-as a pensar! Compreenda-as!Plante sementes!VENDENDO SONHOS ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUENinguém espera uma reação inteligente de uma pessoa torturada, ainda mais pregada numa cruz. A memória é bloqueada, o raciocínio, abortado, o instinto, controlado, o medo e a raiva dominam. Jesus foi surpreendente quando estava livre, mas foi incomparavelmente mais surpreendente quando foi crucificado.Na primeira hora da crucificação, Ele abriu as janelas da inteligência e bradou: “Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem”. Perdoou homens indesculpáveis. Compreendeu atitudes incompreensíveis. Incluiu pessoas dignas de completa rejeição.Um dos ladrões ao seu lado ouviu essa frase e ficou assombrado. A dor lhe cortara o raciocínio, seus olhos estavam turvos, seus pulmões ofegantes. Mas, ao ouvir o brado de Jesus, recebeu um golpe de lucidez.Seus olhos se abriram. Virou o rosto e viu por trás do corpo magro e mutilado de Jesus uma pessoa encantadora. Pouco tempo depois, ainda que sem força, o criminoso pediu-lhe: “Quando estiveres no teu Reino, lembra-te de mim”. Os gestos de Jesus o fizeram sonhar com um Reino acima dos limites do tempo, um Reino complacente e que transcendia a morte. Que homem é esse que mesmo dilacerado era capaz de inspirar um miserável a sonhar?
Os que estavam aos pés da cruz ficaram fascinados. Reações fascinantes como essas ocorreram durante as seis longas horas da crucificação. Foi a primeira vez na história que alguém sangrando, esmagado pela dor física e emocional, surpreendeu os que estavam livres. Quando Jesus deu o último suspiro, o chefe da guarda romana, encarregado de cumprir a sentença condenatória de Pilatos, disse: “ Verdadeiramente este era o Filho de Deus”. Enxergou além dos parênteses do tempo. Viu a sabedoria ser transmitida por um mutilado na cruz. Muitos políticos e intelectuais não conseguem influenciar as pessoas. Mas o Mestre dos mestres abalou os alicerces da ciências ao levar as pessoas a velejarem pelo mundo dos sonhos enquanto todas as suas células morriam.Agostinho, Francisco de Assis, Tomás de Aquino, Spinoza, Hegel, Abraham Lincoln, Martin Luther King, e milhares de pessoas de diferentes religiões, inclusive não cristãs, foram influenciadas por Ele.Ouviram a voz inaudível dos seus sonhos.Se Freud, Karl Mark, Jean- Paul Sartre tivesse a oportunidade de analisar profundamente a personalidade de Jesus como eu o fiz, provavelmente não estariam entre os maiores ateus que pisaram nesta terra, mas entre os que mais se deixariam cativar por seus magníficos sonhos.Maomé chamou Jesus de Sal Dignidade no alcorão, exaltando-o mais do que a si mesmo. O budismo, embora seja anterior a Cristo, incorporou seus principais ensinamentos. Sri Ramkrishna, um dos maiores lideres espirituais da Índia, confessou que a partir de 1874 foi profundamente influenciados pelos ensinamentos de Jesus Cristo. O território consciente e inconsciente de Gandhi também foi trabalhado por seus pensamentos.O Mestre dos mestres nunca pressionou ninguém para segui-lo, apenas convidava. Não andou mais que trezentos quilômetros a partir do lugar em que nascera. Não tinha uma escolta, não possuía uma equipe de marketing, nunca derramou uma gota de sangue. Sua pequena comitiva se constituía de um grupo de apenas 12 jovens de personalidade difícil.
Mas hoje, para nossa surpresa, bilhões de pessoas de todas as religiões, de todas as culturas, de todos os níveis intelectuais o seguem.Seguem alguém que não conheceram. Seguem alguém que nunca viram. Segue alguém que lhes espirou emoção e encheu suas vidas de sonhos.
Todo o texto (sem rasuras) foi escrito do livro: NUNCA DESISTA DE SEUS SONHOS.De autoria do Doutor e médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor: AUGUSTO CURY. No qual, a leitura do livro, mês fez enxergar os sonhos que eu enterrei, mas com a ajuda do Mestre dos mestres, será todos concretizados em Nome do meu Salvador Jesus Cristo, para a Honra e Glória D”Ele mesmo. E será para vocês que irão ler estes escritos, uma ajuda para vocês não desistirem de seus sonhos, persistam, corra atrás.
Forte abraço.

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